"FreeRight2Write"

A Liberdade de escrita, de temas e conteúdos é a pedra de toque deste blog. Desta forma, pretendo que os assuntos aqui expostos sejam comentados livremente, da mesma forma como serão escritos.

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Localização: Porto, Portugal

24 novembro, 2006

Liberdade "Dexpressão"



O significado de Liberdade de Expressão, sofre com a dinâmica do tempo e acompanha em paralelo as restrições à mesma, ora quebrando preconceitos, ora suscitam novos em função da quebra dos outros. É tudo um jogo de negociação de atitudes e palavras, baseadas num direito da qualidade humana. Acontece que no mesmo direito e significado de Liberdade de Expressão, existe o lado negativo, o da repressão da expressão da mesma Liberdade, pela negação da mensagem que se recebe e em que contexto.
É um direito comum aqueles que acham que têm direito de se expressar livremente, mesmo que podendo ferir as susceptibilidades dos outros, devido aos preconceitos estabelecidos, nalguns casos fortemente enraizados que tolhem a percepção de quem recebe a mensagem dessa expressão, mas também é da liberdade de cada um, sonegar essa mesma expressão, deturpar a verdadeira interpretação que a mensagem deverá ter e racionalmente querer ficar preso ao preconceito em que se baseia, e com isso sustentar a sua atitude de censória e na minha opinião, menor.

O que se passou com o Michael Richards, o fabuloso "Cosmo Kramer" da saudosa serie Seinfeld, teve um momento, considerado infeliz e que tem levantado grande discussão nos Estados Unidos (EUA).
Estava ele numa sessão de "stand up comedy" no sul dos EUA, mais concretamente em "Laugh Factory" in "West Hollywood" ao que pelos vistos, durante essa sessão, Kyle Doss um homem negro, de cor, preto, enfim, um homem que estava com os seus amigos na plateia, começou a gozar o Michael Richards, por sinal de forma incessante, de tal forma que este último, perdeu o controlo e de uma forma muito irritada, começou a satirizar com a "raça" desse espectador, o que baralhou a percepção do público e nalguns casos foi objecto de críticas, tendo mesmo sido apelidado de racista e assim ter terminado a sessão que supostamente sería de humor.

Não obstante considerar que actuação do Michael richards ter sido desajustada (estava num dia mau, quem não o tem?), não acredito que seja racista, acredito sim que seja uma pessoa com uma cultura e humor acima dos muitos preconceitos que nos EUA há e que são completamente retrógrados e ultrapassados em algumas situações, nomeadamente em relação, às diferentes características dos seres humanos a que denominam por raça que embora seja um problema global, no sul dos EUA tem contornos particulares de susceptibilidades.

O ser humano, aceita ou condena em função daquilo que é, porque é o que nos faz ser que nos faz percepcionar e interpretar. Uma pessoa racista irá interpretar uma piada acerca da sua "raça" de forma pejorativa e provavelmente irá reagir mal e apelidar de racista quem teve o ensejo de dizer tal piada, ao contrário, uma pessoa que não seja racista e seja livre desse preconceito sente-se mais livre para, como no caso, brincar com as características históricas das "raças" que julgo que é o que se terá passado. Quanto à forma desajustada, no que toca à linguagem corporal e tom de linguagem, o michael Richards parece bastante irritado, mas certamente não será por ter sido um negro a gozá-lo em quanto ele estava no palco, mas antes alguém que por acaso é negro e daí ele ter partido, no momento, para uma brincadeira que infelizmente não resultou bem e com isso foi "condenado" publicamente ao ser considerado racista. Publicamente também, com hombridade, veio transmitir as suas desculpas e explicaçõies para o que se passou, reconhecendo que de facto não estava num dia bom e a sua atitude foi errada, mas não quanto á piada, antes e apenas em relação a sua postura.
Espero que como muitas outras coisas, esta caía no esquecimento porque o Mundo precisa de pessoas como o Michael Richards, livres, expontâneos e melhor ainda com graça.

Uma palavra para o Jerry Seinfeld, que numa situação delicada, não se absteve e tomou parte do amigo e ex-colega, à frente das camaras e por isso de milhões de pessoas.

Para ver os videos, basta clicar nos links abaixo:

(o momento)

http://www.youtube.com/watch?v=9sEUIZsmTOE&NR


(as desculpas, copiem o link para a barra de endereço)

http://www.ifilm.com/video/2798827?loomia_si=1


07 novembro, 2006

Uma Tequilla em memória de Pancho Villa



Hoje é dia de eleições nos Estados Unidos, por isso lembrei-me de fazer uma singela homenagem, ao único homem que foi capaz de invadir os Estados Unidos. Não que seja a favor de invasões e muito menos guerras, mas Pancho Villa, o robin dos bosques da revolução mexicana do ínicio de séc. XX teve o arrojo de incomodar o grande monstro, ainda que por pouco tempo.
Talvez se uma boa parte dos americanos tivessem consciência do que é ser invadido, talvez o Mundo hoje fosse bem diferente e talvez pensassem duas vezes ou mais, antes de invadirem outros países, sob que pretexto fosse e talvez conseguissem reflectir e aceitar que o "modus vivendi" americano é apenas o deles, com coisas boas e más e que se não impusessem forçosamente o seu modo de vida e suas crenças, por acharem que é o mais correcto e evoluído, o Mundo sería certamente um lugar bom de viver, ou será que o que acabei de afirmar é contranatura humana?


Biografia de Pancho Villa

Pancho Villa, pseudônimo de José Doroteo Arango, San Juan dei Rio, México, 1887 - Parral, México, 1927, foi um dos mais conhecidos generais da Revolução Mexicana.

Aos 16 anos, teria matado um rico fazendeiro, e para fugir das perseguições da justiça, se alista no exército mexicano, como chefe de guarnição, em 1910, apoia Francisco Madero no combate a ditadura controlada por Porfirio Díaz.

Um ano após, no mês de Maio, Pancho é exilado e Madero assume o governo.

Em 1912, o general Victoriano Huerta, que deporia e substituiria Francisco Madero, condena Pancho Villa à morte por insubordinação.

Ele consegue se refugiar para os Estados Unidos com a ajuda de Madero. Após a morte de Madero e a instauração de uma ditadura no México por Huerta, Pancho Villa retorna ao México para integrar as forças de Venustiano Carranza, opositor do ditador.

Com seu pessoal espalhado por todo o México, Pancho Villa, Venustiano Carranza, Álvaro Obregón e Emiliano Zapata unem-se num exército que combatiam a ditadura em uma guerra civil.

Pancho recebe o comando da cavalaria com mais de 40 mil homens, que foi decisivo para derrubar o regime de Huerta. Carranza assume o poder, mas Pancho Villa retorna a luta armada, após ter se desentendido com o novo governante.

Assim, Pancho controla o norte do país. O governo mexicano convoca uma força expedicionária norte-americana para capturar o revolucionário, mas Pancho escapa. Com a deposição de Venustiano Carranza, Pancho se torna fazendeiro no interior do país.

Ele se casa várias vezes, tendo filhos com oito mulheres. Em 1923, ele é assassinado numa emboscada.

in http://pt.wikipedia.org/wiki/Pancho_Villa


O ataque a Columbus

Villa conduziu sua gente a um grande assalto contra Columbus. Esta era uma cidadezinha situada no Novo México e que abrigava, nas suas proximidades, um forte de cavalaria em Camp Furlong, com uns 350 milicianos.

Na madrugada do dia 9 de março de 1916, uma tropa de villistas, uns 500 homens montados, tendo à frente o próprio caudilho, tomou o forte, pego de surpresa. Em seguida, em foi à cidade saqueando-a e pondo fogo nela, permanecendo aí por cinco horas.

No estampido do ataque,os americanos queimaram os corpos de 70 á 75 mexicanos mortos no ataque.

No dia seguinte, as manchetes dos jornais norte-americanos estamparam com estardalhaço o acontecimento. Villa havia sido o primeiro mexicano em toda a história a invadir os Estados Unidos. Foi um pandemônio. Desta vez o presidente Wilson não contemporizou. Columbus mesmo tornou-se a base de onde partiu a expedição punitiva.

in http://pt.wikipedia.org/wiki/Pancho_Villa#O_ataque_a_Columbus