"FreeRight2Write"

A Liberdade de escrita, de temas e conteúdos é a pedra de toque deste blog. Desta forma, pretendo que os assuntos aqui expostos sejam comentados livremente, da mesma forma como serão escritos.

Nome:
Localização: Porto, Portugal

11 setembro, 2006

Que Bom!




Porto, sabado, pelas 02h e qualquer coisa da madrugada, Largo da Ramadinha em frente à Tendinha dos Poveiros, estava eu rodeado de bons amigos quando surge da parte de um deles a ideia de irmos à Casa do Sporting, sim, estão a ler bem, o local é mesmo o que acabei de escrever. Embora já tivesse recente conhecimento, por parte de um amigo, que de vez em quando aos sabados dá lá uns concertos com a sua banda Le Partisan, a verdade é que não me tinha ocorrido sugerir tal local, talvez por motivos clubísticos, fortemente presentes no meu subconsciente, estariam a impedir-me de recordar dessa sugestão.

O local não era longe dali, dava para ir a pé, fica na Rua Alexandre Herculano no Nº 311, ao 3º andar, quase em frente ao terminal de autocarros da Batalha. Logo que entramos, deparamo-nos obviamente com um ambiente verde e branco, o café, asseado, estava vazio e apenas estavam dois rapazes a jogar bilhar. A senhora, oriunda de Angola, Dona Filomena de seu nome, foi de uma simpatia maternal, serviu-nos sempre com um sorriso nos lábios de quem estava contente por ver caras nunca antes vistas por ali. O marido um senhor solícito e educado, aconselhava-nos a ir fumar à janela, mas só de vez em quando.

Contudo o motivo pelo qual estavamos ali, sim porque só por um motivo muito forte é que eu entraria numa casa de um clube adversário e nem a cerveja a 80 cêntimos me convenceria, era o facto de provar a Cachupa. Ao que consta aos sabados em Angola e Cabo Verde, serve-se a Cachupa, um prato tradicional com base na carne de porco, feijão, verduras e um molho muito bom com não sei quantos ingredientes muito saudáveis.

Acontece que a D. Filomena, continua a seguir a tradição que se faz por lá, em terras de sua origem e assim, insistiu para comermos a cachupa que estava quentinha e pronta a servir. O mais improvável para nós veio a revelar-se depois. A senhora faz a cachupa num acto de dádiva e partilha para com os demais e por isso ninguém paga o prato que comeu, basta julgo eu, que lhe devolvamos um sorriso de satisfação ao termos o estômago acalentado.

Estávamos perto das 04 da madrugada quando saimos de lá depois de beber umas cervejas e comer a Cachupa entre conversas e gargalhadas de boa disposição, o que indicia as horas tardias a que o estabelecimento fecha.

Quero por isso, recomendar a todos aqueles que gostam de um bom prato quente, ainda por cima servido gratuitamente, pela tradição a passar por lá a conhecer. Como poderão perceber, este não é um local onde o protocolo social impera e daí que seja desprovido de qualquer pretenciosismo. As pessoas são simples e são boa gente, vale a pena ir lá, eu lá estarei no próximo sabado, vou lá jantar. Mas quem quiser arriscar e fazer o prato em casa pode encontrar a receita em:

Cachupa
http://www.receitasemenus.net/content/view/737/243/

Cachupa Rica
http://www.gastronomias.com/lusofonia/cv005.htm

Bom apetite!!!

3 Comments:

Blogger bieiteiro said...

a senhora dá pelo nome de Filomena, e é Angolana, a cachupa é que é cabo-verdiana.
é tradição na tribo da qual a Filomena é oriunda oferecer uma refeição por semana (quem puder, claro)a todos os que apareçam. a Filomena fá-lo aos sábados.
os Tugas só oferecem copos...
a propósito, nos próximos sábados 16 e 30 de setembro, o Partisan oferece também a música.
que mais se pode ter?!

13 setembro, 2006 00:24  
Blogger subtilezas said...

nhami, nhami...não há ementa vegetariana? talvez vá ao porto este sábado

13 setembro, 2006 11:52  
Blogger m&m said...

Obrigado pela correção. Sabado lá estarei a ver os Le Partisan e apreciar a boa cachupa.

até lá
abraço

13 setembro, 2006 20:27  

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